Quer tragar ou quer chupar?
Uma campanha antifumo lançada essa semana pelo Ministério de Saúde da França mostrou um escândalo: Tragar um cigarro traz tanta submissão quanto fazer sexo oral. A propaganda é simples: imagens de adolescentes com um cigarro na boca em uma pose que sugere a prática de sexo oral forçado com um homem adulto. O resultado, é claro, foi o esperado: As pessoas, que provavelmente têm o hábito das duas práticas, se sentiram atingidas, humilhadas, revoltadas. Movimentos sociais como feministas, defensores dos direitos da criança e do adolescente se disseram "escandalizadas" com a mensagem e se mostram preocupados com o baixo nível para defender uma causa justa.
Uh, que meda.
Ei, ei, mas pera aí, foi só eu ou alguem mais percebeu que finalmente houve uma correta relação nisso tudo? Fumo não é, então, considerado um hábito de baixo calão, baixo nível, baixo o caralho por esse tipo de público que se sentiu ofendido? Então porque continuar com comercialzinho de caixinha de cigarro - sem o maior êxito, por sinal - só porquê a propaganda é "sutil"? Ok, ok, ninguem aqui está querendo que tudo vire um mar de baixarias e promiscuidade, mas, vamos ser justos. Alguem tinha que tomar uma providencia a mesmo nível. E foi isso que aconteceu. Segundo os publicitários responsáveis pela mensagem, essa foi a intenção: chocar a população, seja ela usuária do produto, ou não.
E é isso mesmo que tem de se fazer, oras. Quem disse que tratar vento a sopro não é eficaz? Que eu saiba, ninguem. O resultado pode até ser sim polêmico, mas, pode ser vitorioso, é um risco a se correr.
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